Dezembro 2020 | Por: Tiago F. Silva
Sete.
O número da perfeição.
No futebol, tantas vezes associado ao virtuosismo daqueles que o ostentam nas camisolas.
Mas viremo-lo para os bancos, desta vez, porque é de treinadores que vamos falar e de treinadores portugueses, em concreto.
Isto porque, sete “magníficos” colocaram Portugal no topo do ranking de países com mais treinadores na fase a eliminar das competições europeias.
Pelo segundo ano consecutivo, Portugal encabeça essa lista, ainda que a par da Alemanha e com menos dois representantes do que em 2019.
Dos técnicos ainda em prova, Sérgio Conceição será o único nos oitavos de final da Liga dos Campeões, visto ter sido o único a seguir em frente. Pelo caminho deixou outros dois compatriotas, Pedro Martins e André Villas-Boas, naquela que foi a segunda vez em que houve três técnicos portugueses num único grupo da Champions (depois de 2014/15).
Ora, Villas-Boas disse adeus, mas Pedro Martins (Olympiacos) seguiu para a Liga Europa, juntando-se a outros cinco nos 16avos de final: José Mourinho (Tottenham), Paulo Fonseca (Roma), Luís Castro (Shakhtar), Jorge Jesus (Benfica) e Carlos Carvalhal (Sp. Braga).
Entretanto, o sorteio desta competição ditou um embate entre Roma e Sp. Braga, já na próxima eliminatória. Quer isto dizer que um dos nomes da lista ficará pelo caminho, Paulo Fonseca ou Carlos Carvalhal, caso cheguem a defrontar-se, naturalmente.
Pese embora não seja a primeira vez que sucede tal feito, este não deixa de surpreender, porque comprova algo que há muito se constata.
Mais do que nunca, o talento português é cada vez mais reconhecido não apenas por intermédio dos jogadores, mas também pelos treinadores.
Ao futebol jogado, soma-se também a ideia do treinador, com esta a ser decisiva para a ascensão e consolidação do técnico português nos últimos anos.
O que parecia ser uma mera tendência, tem-se revelado uma aposta vincada, dentro e fora de portas.
E, verdade seja dita, não têm desiludido.
Novembro d’Ouro para os craques lá fora
Nesta sumula de talento português, merece também destaque um feito incrivelmente raro, protagonizado por vários craques a atuar no estrangeiro, no mês de novembro.
Cristiano Ronaldo, João Félix e Bruno Fernandes foram agraciados com os prémios de Melhor Jogador do Mês, nas ligas italiana, espanhola e inglesa, respetivamente.
Também na categoria de Treinador do Mês, José Mourinho foi igualmente distinguido na Premier League.
Fica feito o sublinhado ao sucesso luso, dentro e fora das quatro linhas. É por registos como estes que Portugal é visto, hoje, como uma potência mundial da modalidade e vai conquistando o seu lugar ao sol em vários locais do planeta do futebol.